sábado, 31 de dezembro de 2011

.até... [?]

"Acredito que a escrita seja uma ferramenta de libertação. A escrita literária não é um pensamento, mas um afeto."

.adélia prado



.4 anos. minhas visitas aqui ao blog foram diminuindo gradativamente. comecei tudo lá no meio das insanidades de final de ano em 2007. e, olhando agora o histórico do blog, percebi que o número de postagens foi diminuindo conforme minha mente irriquieta se organizava. acho que é em meio ao caos que eu mais produzo aleatoriedades. agora isso já passou, e vir aqui foi perdendo o sentido. nem tempo tenho mais também. e, apesar disso, notei que, quanto eu menos postava, mais apareciam seguidores [hoje, estão em 220]. vai entender?

espero que esse espaço aqui [de muitos recortes, de muitos autores] tenha sido de alguma forma útil aos seus visitantes. mas é bem possível que eu não volte mais. deixo aqui só o mofo do passado, traças e teias de aranha por todos lados. e não vou esquecer das pessoas que conheci por aqui... muita gente boa, com quem mantenho contato até agora.

enfim, sem mais delongas, me despeço. muito obrigada, visitantes, por perderem seu tempo aqui, comigo.



domingo, 27 de novembro de 2011

.pequena coletânea do 'gostar'

.então que fui dar uma passada no twitter do carpinejar nessa manhã de domingo [que começou meio às avessas] e tirei alguns posts recentes que achei interessantes. há tempo eu não visitava aqueles lados...

"Confusão do amor: acreditar que compreender é pensar igual, que concordar é repetir."

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"Toda mulher tem um amante no armário: os sapatos."

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A maior parte das discussões amorosas é a tentativa de controlar o que nem vai acontecer."

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"Depois da separação, descobrimos aquilo que deveríamos ter dito. Mas já não tem sentido dizer."

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"
Hoje temos que justificar mais a fidelidade do que a infidelidade."


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"Mais do que aquilo que sonho de noite, tento entender o que sonhei acordado."

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

.dentro de um abraço


"Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, na beira de diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema vendo a estreia de um filme muito esperado, e principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar - a intimidade da gente é irreproduzível.

Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.


E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço.


Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço, se dissolve.


Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.


O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.


Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde de frente para o mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?


Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste."



[martha medeiros - primeira crônica do "feliz por nada", publicada em 12 de junho de 2008]

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sábado, 8 de outubro de 2011

.da ausência

.acho ótimo esse comercial. a mim, faz muito sentido.



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e por falar em ausência...


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terça-feira, 13 de setembro de 2011

."intimidade...


"...é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira macio.
Não há porque se defender de coisa alguma
nem porque se esforçar para o que quer que seja. O coração pode espalhar os seus brinquedos.
Cantar a música que cada instante compõe.

Bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo.

Contar as paisagens que vê enquanto cria o caminho.
Andar descalço, sem medo de ferir os pés."

[ana jácomo]

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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

.seletividade


"Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias."

[c.f.a]

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

.padrões

.me deu vontade de clarice lispector hoje...

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"Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser... Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!! Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência.
E você... O que pensa disso?

Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la...""

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"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos."
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