segunda-feira, 31 de agosto de 2009

.por uma escolha

[porque é uma das primeiras coisas que fazemos na vida.]

[porque assim começamos o dia.]


[porque faz bem.]


[porque é muito bom.]

[porque é muito lindo.]


[porque é saúde.]


[porque é colorido.]


[porque não concordo com isso.]


[porque ninguém resiste.]


[porque isso pode sim, de vez em quando...]


[e isso pode também. com moderação^^]


[porque é tudo de bom.]


[porque hoje é nosso dia. parabéns a todas minhas colegas
nutricionistas :)]
...
.falando em datas, recebi por e-mail: hoje é, também, dia do Blog. [oi? o.O] - às vezes me pergunto qual é a utilidade dessas datas, mas enfim. existe dia pra tudo...


sábado, 29 de agosto de 2009

.pontos [4]

.não é só falta de tempo ou vontade. se às vezes me afasto daqui, é porque a vida está me levando para algum outro lado. os dias tem sido diferentes, e sigo observando o que isso quer dizer. e pensando no melhor, na atitude correta, no momento certo para fazer algumas coisas. há horas em que procrastinar decisões apenas atrapalha. organização e cabeça fria como ordem do momento.
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.há quanto tempo eu não passava 1 hora pendurada no telefone? me senti uma adolescente, e foi tão bom... [e o abraço será em breve. fiquei devendo...]
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.me perguntaram porque eu não faço um twitter, e respondi que seria mais uma coisa para ficar perdendo tempo enquanto a vida passa lá fora. mas há outro motivo: quem lesse poderia diagnosticar em mim fobia social, bipolaridade, compulsividade, ansiedade, intercaladas com momentos de felicidade e muitos 'weeeeeeee'. o que isso significa? todo mundo é meio 'louco', tem altos e baixos ao longo do dia, alegrias e tristezas, mas não tem por que ficar expondo isso. definitivamente não é pra mim. eu ia falar demais. ou de menos.
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.novos planos e prazos. ideias a amadurecer. o frio na barriga faz parte.
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.acho engraçado atender ao telefone dizendo "eu tava mesmo pensando em ti". acontece e muito, principalmente com quem anda mais distante.
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.se tem sol lá fora, é lá que desejo estar. e quero uma boa companhia para isso. nem sempre eu me basto.
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.todos os caminhos levam ao... rio? não sei, mas chega a ser engraçado a forma com que a vida transcorre.
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.e em breve visito todo mundo, para compensar esses dias de sumiço^^
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sábado, 22 de agosto de 2009

.do tempo da vergonha

.mais uma crônica do livro que estou lendo, porque achei excelente. para pensarmos um pouco sobre a banalização de tudo hoje em dia: uma falta de vergonha quase que generalizada. - 'quase', porque muita gente se salva, sim. mas outros tantos já nem se importam mais.]
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"A gente costuma dar referências do "nosso tempo", como se o nosso tempo não fosse hoje. Sou do tempo do tênis Conga, da Família Dó-Ré-Mi, da Farrah Fawcett, do Minuano Limão, e essa listagem alonga a estrada atrás de nós, faz parecer que a gente é de outro século. E somos.

Eu sou do tempo de tanta coisa, inclusive do tempo em que as pessoas sentiam vergonha. Você já deve ter reparado que vergonha caiu em desuso, a nova geração não deve nem saber do que se trata. Mas a tia aqui vai explicar.

Vergonha é o que você sente quando coloca em risco sua dignidade. Por exemplo, quando pegam você fazendo uma coisa que havia jurado não fazer. Às vezes a vergonha vem de atos corriqueiros, como um tropeção no meio de uma passarela ou uma gafe cometida num jantar. Isso não tem nada de grave, porém, se fez você sentir vergonha, sinal de que você planejava acertar, o que é sempre bom.

Vergonha de ser apresentada a alguém? De falar em público? Também é bobagem, ninguém espera de nós perfeição. Isso é apenas timidez. Será que quem nasceu depois dos anos 80 sabe o que é timidez? Bom, timidez é um certo recato, é quando uma pessoa não faz questão nenhuma de aparecer. Não ria, isso existe.

Mas voltando ao que nos trouxe aqui. Vergonha é o que você deveria sentir quando faz algo errado. É o que deveria sentir quando se desresponsabiliza pelo que está desmoronando à sua volta. Vergonha é quando você se habilita para uma tarefa importante e descobre que não tem competência para executá-la. Vergonha é o que se sente quando interferimos na vida dos outros de forma desastrosa. Vergonha é o que deveria nos impedir de praticar hábitos aparentemente inocentes, como chegar atrasado no teatro quando a peça já começou, e nos impedir de coisas bastante mais sérias, como roubar.

E há a vergonha sem culpa, a vergonha que representamos coletivamente. Eu, ao menos, senti muita vergonha quando uma turista estrangeira, depois de ficar dois dias confinada num aeroporto brasileiro, sem conseguir embarcar, perguntou a um repórter o que significava o lema "ordem e progresso" na nossa bandeira.

Muitos políticos (para citar uma classe trabalhadora aleatória) não possuem vergonha. Possuem contas no exterior, assessores de marketing, mas vergonha, nenhuma. Posam para fotografias ao lado daqueles cuja mãe já xingaram e aceitam o apoio de adversários que já lhes puxaram o tapete. Quando se trata de fazer alianças, a política, de um modo geral, revela-se um bordel, e perdão se estou ofendendo as profissionais do ramo. É bem verdade que restam dois ou três que possuem a decência de dizer: prefiro não me eleger a jogar no lixo meus princípios. Mas para se posicionar assim, é preciso ser do tempo da bala azedinha vendida em lata, do tempo do "Boa noite, John Boy", do tempo dos Novos Baianos, do tempo em que Páscoa significava ressurreição e do tempo em que existia vergonha, coisa que quase ninguém mais sente, poucos lembram o que é e ninguém se esforça para reavivar."
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.martha medeiros, 8 de abril de 2007 - do livro 'doidas e santas', página 133
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

.português para o português

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.acho que boa parte das pessoas que passa aqui já sabe: eu adoro português. junto de biologia e química, era uma das minhas matérias preferidas no colégio. e às vezes dá vontade de postar algo sobre aqui.
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hoje recebi por e-mail uma lista de palavras traduzidas do português [do brasil] para o português [de portugal]. para que ninguém passe vergonha quando for pra lá! heheheheh [é aquela coisa, as línguas são semelhantes, mas algumas palavras dão uma rasteira na gente - assim como acontece com o português e o espanhol: muitas vezes são parecidos, mas há que se ter um certo cuidado... ;)
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[as "traduções" para 'um grupo de crianças', 'adolescente', 'ficar menstruada' e 'mulherengo' são ótimas!!]
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. [clica que aumenta]

.lembrando também que a região glútea (bunda) lá se chama cu. assim, quando a mãe diz que vai aplicar uma injeção na nádega do rapaz diz:
"vou aplicar uma pica no cu do puto."


.e se for uma palmada numa criança fala:
"meto-te cinco dedos no cu, canalha."

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[e o pessoal preocupado com o trema, hífen...]

sábado, 15 de agosto de 2009

.parar de pensar

"Você encontra uma lâmpada mágica no meio do deserto, dá uma esfregadinha e de dentro sai um gênio meio afetado, que concede a você a realização de um desejo. Humm... Você pediria um segundinho para pensar? Eu não pensaria um segundo. Aliás, o meu desejo seria justamente este: por bem mais que um segundo, digamos por dois dias, gostaria de parar de pensar. Parar totalmente de pensar. Ué, Saramago escreveu sobre um lugar em que as pessoas paravam de morrer. Salve a ficção, a casa de todos os delírios. Que tal, temporariamente, parar de pensar?
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Eu acordaria e não pensaria em nada. Sendo assim, voltaria a dormir, sem mais despertar todo dia às seis da manhã, como sempre faço, pensando em mil tranqueiras e coisas a providenciar. Mas parar de pensar não impede a fome, então uma hora eu teria que levantar da cama e ir para a mesa - quem decidiu o cardápio? Aleluia, eu é que não fui. Não penso mais nessas coisas.
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Abro o jornal, leio todas as matérias e não me ocorre nenhum pensamento tipo: "É pro bolso desses malandros que vai meu imposto", "Não acredito que fizeram isso com uma criança" ou "Caramba, como fui perder este show?". Eu não penso, portanto, não sofro.
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Passo por um espelho e não dou a mínima para o que vejo. Espinhas, olheiras, cabelo fora de moda, danem-se. Moda, falei em moda? Era só o que me faltava ocupar meu cérebro com essas trivialidades.
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Tudo vazio lá dentro, um descampado, um silêncio, o paraíso.
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Você não pensa mais em como aumentar sua renda mensal, em como fazer seus filhos comerem melhor, em como arranjar tempo para deixar o carro na revisão, em como encontrar um lugar barato para passar as férias, em como ajudar seus pais a atravessarem a velhice, em como não ser indelicada em recusar um convite, em como ter coragem para chutar o balde, em como responder um e-mail irritante, em como esconder dos outros suas dores, em como arranjar tempo para ir ao médico, em como você tem medo de que as coisas nunca mudem e, se mudarem, em como enfrentar. Você não precisa pensar em mais nada, você pediu ao gênio e ele, camarada, atendeu. Aproveite, são apenas dois dias.
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Não precisa ter opinião sobre o Lula, sobre o Alckmin, sobre a segurança do espaço aéreo, sobre a reviravolta do clima no planeta, sobre o último disco do Caetano, sobre o vídeo da Cicarelli, sobre os resultados do Brasileirão. Você está de férias de você. Não tem nem motivo para chorar. Seu amor se foi? Tudo bem. Você não pensa em rejeição, não pensa que ele tem outra, não pensa que vai surtar. Jogue fora os antidepressivos, não precisa nem mesmo passar creme anti-rugas. Por dois dias, seu humor está neutro e suas rugas se foram. Esse seu olhar sereno, essa sua fala pausada... Nossa, sabia que você ficou até mais sexy?
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Tudo isso é uma viagem sem sentido. Concordo. Mas vai dizer que, às vezes, acionar o pause no cérebro não lhe passa pela cabeça?"
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.martha medeiros, 11 de outubro de 2006 - do livro 'doidas e santas', página 109
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[.sim, como eu gostaria às vezes de não pensar em nada. nada de nada. mesmo.]

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

.linha de pensamento


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"Não estou falando de um mundo cor-de-rosa ou de pessoas perfeitas, sempre prontas para nos acolher, amar, caminhar ao nosso lado. Não falo disso, mas da tristeza nos olhos de quem vira as costas e a gente não vê. A beleza por dentro de um peito encouraçado que a gente não sente. A solidão de quem afasta um amor e se deita em camas tão frias. É do instante quando os olhos se perdem no nada e nenhuma mentira é capaz de enganar a si mesmo. É desse instante solitário, desse instante sem abraço, que eu digo. Todo mundo vai virar as costas ou dizer que merece coisa melhor ou debochar das mentiras que eles contaram... mas a gente pode sempre voltar e acolher com amor, ser os primeiros a começar. Afinal, se a hostilidade do mundo despertar a nossa, quem vai ser o primeiro a sorrir?"
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[rita apoena**]
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**adoro, e volta e meia ela 'dá as caras' aqui no blog porque é uma das poucas escritoras que consegue traduzir com perfeição o que sinto e penso - mas fico longe de escrever assim, de forma tão clara e delicada.
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

.coragem, eu sei que você pode mais

.e a palavra de hoje é: coragem.


[o título veio de uma música do raul, que acabei lembrando por conexão de assuntos. enfim...]
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*coragem: s.f.,
firmeza de espírito,
energia diante do perigo;
intrepidez;
ânimo;
valentia;
perseverança.
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.andei pensando sobre, quando li esse trecho do livro "o senhor march"- aquele que andei ganhando através do blog:
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"Será que existem duas palavras mais intimamente relacionadas que coragem e covardia? Penso que não existe um homem que não queira possuir a primeira, mas tema ser acusado da segunda. Enquanto uma é considerada o apogeu do caráter de um indivíduo, a outra pode ser vista como o seu nadir. E, no entanto, a meu ver, as duas ocupam posições paralelas no círculo da vida, afastadas uma da outra pelo mero grau de um arco.
Quem é o homem bravo? Aquele que nunca sente medo? Neste caso, a bravura é apenas um termo polido para uma mente destituída de racionalidade e imaginação. O homem bravo, o verdadeiro herói, treme de terror, sua, sente as próprias entranhas se contraírem, no entanto mesmo assim segue o caminho e não foge do dever a cumprir. Não creio, porém, que seja heroico marchar para os campos de fogo cruzado movido apenas pela preocupação de ser chamado de covarde. Às vezes a verdadeira coragem exige a inação; exige que um indivíduo fique em casa enquanto a guerra é travada se, com essa atitude, estiver dando ouvidos à plácida voz da honorável consciência."
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[geraldine brooks - o senhor mach, página 185.]
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[e como às vezes nos falta coragem, não? coragem para admitir o que sentimos; coragem para dizer um "sim", ou um "não"; coragem para admitir que somos seres humanos, e justamente por isso erramos às vezes; coragem para mudar algo que nos incomoda; coragem para impôr nossos direitos; coragem para dar a cara a tapa; coragem para falar, ou simplesmente ficar em silêncio... são tantas as circunstâncias. por vezes somos controlados por nossos medos e receios, e agimos de forma absolutamente covarde com as pessoas... e conosco mesmos. - redundante assim, mas é isso.]

sábado, 1 de agosto de 2009

.pontos [3]

[apenas alguns assuntos desconexos. ou não.]


.sempre é bom ouvir um 'eu te amo' sincero, com direito a recíproca. * desenvolver o desapego é de grande valia para a alma. mas como é difícil, às vezes! * eu perdoo, mas não esqueço. e isso faz toda diferença. * confiança é o início, a falta dela é o fim. * o meio termo pode ser perda de tempo. * se o amanhã não chegar, o hoje tem que ter valido a pena. * ir a shopping matar tempo é sinônimo de gastar. não adianta, a gente sempre acaba comprando algo, nem que seja um botão. * uma prateleira cheia de livros em espanhol 'me encanta'. * um banco, meu bloquinho de anotações e uma caneta: bons parceiros nas horas vagas, de espera, aqui e ali... * gripe "A": a coisa está feia mesmo. e tentam esconder isso da gente, tratando como se fosse igual ao vírus comum. omitem dados, mentem sobre outros. me vê um nariz de palhaço, por favor. * sem palavras para descrever a aula de sexta à tarde. absolutamente perfeita. eu adoro quem me faz pensar e questionar tudo. * estranhamente não dormi na viagem e pude olhar as plantações [de tudo um pouco] e as criações de gado, ovelha e avestruz [!?] pelo caminho. * surpresa hoje no telefone, depois de quase dois meses. não compreendo algumas pessoas. * fiquei lisonjeada, e até agradeço o convite, mas fotos de biquini [oi?] no frio não, né? não peça isso para uma leiga como eu. [realmente não nasci com o dom pra coisa...] * desligar o telefone na cara das pessoas é muito feio. 'mamãe' nunca te ensinou isso? * às vezes acho meus amigos estranhos. e com pequenas atitudes, as pessoas se revelam. * chocolate quente, cama e soninho para hoje, por favor. e ponto final.
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ps: estou espirrando, mantenham distância. [ha ha ha ¬¬']
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update: gente, chocolate [branco] quente é muito bom! provavelmente não é invenção minha, mas me veio a ideia, fiz e adorei^^
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“Entre a raiz e a flor há o tempo.”
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[carlos drummond de andrade]