terça-feira, 30 de setembro de 2008

.seis virtudes que se podem tornar defeitos

"Conheceis as seis virtudes e os seis defeitos nos quais pode cair aquele que quer praticar as seis virtudes sem conhecê-las bem?
O defeito daquele que quer ser benfeitor e não quis aprender a sê-lo, é a falta de discernimento;
o defeito daquele que ama a ciência e não ama o estudo, é o de cair em erro;
o defeito daquele que gosta de cumprir promessas e não aprendeu a fazê-las, é prejudicar os outros, prometendo-lhes e dando-lhes coisas nocivas;
o defeito daquele que ama a franqueza e não aprendeu a praticá-la é o de aconselhar a repreender muito livremente sem nenhuma consideração para com as pessoas;
o defeito daquele que gosta de mostrar coragem e não aprendeu a saber dosá-la é perturbar a ordem;
o defeito daquele que ama a firmeza de alma e não aprendeu a limitá-la é a temeridade."
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[confúcio, in 'os anacletos']

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

.yearbookyourself

[da série "inutilidades da internet"]

todo mundo um dia já disse: "eu nasci na época errada" ou "nossa, eu queria ter vivido nos anos 70" e blablablá.
esse site dá uma idéia de como a gente seria em vários anos... desde a década de 50 até o ano 2000.
bom pra passar o tempo em caso de ócio.
além de colocar a foto lá e ver como tu poderias ser, tem músicas de cada época e outras coisinhas mais...
bem, beeem divertido.
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e olha eu em décadas passadas, que coisa bonita! ¬¬'
[ps: gente, eu fiquei goooorda nessas fotos!!! o.0]
e sim, podem rir à vontade...

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1954 - uma jovenzinha séria e comportada.


1958 - uma moça de família.


1964- bibliotecária pervertida [esses óculos não enganam ninguém!].


1974- viva o ferro de passar [cabelo!]


1984- crespos anos 80! boooooh \o/


1990- mah que moderno!

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

.adoro demais

[retirado do "veinte poemas de amor y una canción desesperada" - pablo neruda]


Poema 12

Para mi corazón basta tu pecho,
para tu libertad bastan mis alas.
Desde mi boca llegará hasta el cielo
lo que estaba dormido sobre tu alma.
Es en ti la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.
He dicho que cantabas en el viento
como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto como un viaje.
Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran y huyen
pájaros que dormían en tu alma.
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

.mais grudada que chiclete no cabelo

tudo bem que eu *amo* muse, mas já faz 1 semana que eu durmo e acordo pensando nessa música.
sim, ela é linda, a letra é perfeita e sem dúvida a melhor do último álbum [na minha modesta opinião]. mas como gruda, poramordedeus...

Starlight

Far away
The ship is taken me far away
Far away from the memories
Of the people who care if I live or die

Starlight
I will be chasing the starlight
Until the end of my life
I dont know if it's worth it anymore

Hold you in my arms
I just wanted to hold
you in my arms

My life
You electrify my life
Lets conspire to ignite
All the souls that would die just to feel alive

But I'll never let you go
If you promise not to fade away
never fade away

Our hopes and expectations
Black holes and revelations
Our hopes and expectations
Black holes and revelations

Hold you in my arms
I just wanted to hold
You in my arms

Far away
The ship is taken me far away
Far away from the memories
Of the people who care if I live or die

And I'll never let you go
If you promise not to fade away
never fade away

Our hopes and expectations
Black holes and revelations,
YEAH!
Our hopes and expectations
Black holes and revelations

Hold you in my arms
I just wanted to hold
You in my arms

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[pra quem não conhece muse, recomendo começar por AQUI, AQUI e AQUI.]
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

.exatamente!


snoopy, meu filósofo!!! heheheheh

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[ps: cadê a primavera???? dia de inverno aqui hoje... credo... até eu que gosto já enjoei. to precisando de sol, urgente.]

sábado, 20 de setembro de 2008

.bem água-com-açúcar

[dos cinco "motivos da rosa", da cecília meireles, o quarto é meu preferido...]
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Quarto Motivo da Rosa

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

.troca conveniente

deixei de ler incidente em antares e agora tem outro livro na cabeceira da minha cama: artrites e reumatismos - um guia para pacientes e familiares.
é, sinal dos tempos...


[me vê um creme anti-rugas, por favor ¬¬']

sem mais por hoje...
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

."mas que puxa!"

[como eu adorooo o snoopy!!!]
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

.20 de setembro

[ou: o incidente]


aqui no RS estamos em plena semana farroupilha. todo mundo orgulhoso do estado, da sua história [...], as crianças indo "pilchadas" pra escola, cantando o hino todo santo dia, aquela coisa que se repete ano após ano.
nós somos educados assim.
desde pequenos, aprendemos a ter orgulho de sermos gaúchos, e agora exercitamos todo nosso bairrismo. mas eu ainda me questiono muito sobre isso.

"todos de lenços vermelhos no pescoço!"

poxa... pensando a fundo, eu não me orgulho por guerra nenhuma. não me orgulho pelas cabeças que rolaram por aqui, pelo sangue derramado de tanta gente. mesmo que tenha sido "por uma justa e nobre causa".
me orgulho sim de ser gaúcha, mas pelas coisas boas. pelos lugares lindos do estado - excetuando o litoral, lógico, que é uma vergonha! hehehe - pelo povo trabalhador, pelas cidades que crescem sem parar, pela qualidade de vida que temos aqui, por ter estudado e me formado numa das melhores universidades do país - a ufrgs. disso sim eu posso dizer que tenho orgulho. agora, dos farrapos e de todas atrocidades que foram cometidas aqui, nem pensar.
ando cansada de violência, de tristezas e coisas ruins. não me acrescentam nada.

ontem mesmo percebi isso.

cheguei de viagem, doida pra voltar à minha leitura: Incidente em Antares, do erico verissimo. adoro os livros dele, descobri que tenho vários aqui em casa, mas esse não está me "descendo". acho que escolhi mal. é muito violento.
trata-se de uma guerra também: a disputa pela cidade de antares por duas famílias - vacarianos e campolargos. as cenas de torturas de guerra que são descritas lá me tiraram o sono. isso que ontem eu cheguei "podre de cansada" da viagem.
e foi rolando na cama, acompanhada da porcaria da insônia, que fiquei pensando nisso.

tive que recorrer a um gibi do cebolinha pra descansar a cabeça... não tem nada melhor pra se ler antes de dormir - a turma da mônica sempre me salva.
[ainda conservo alguns hábitos de criança...]

mas tudo bem...
vou deixar o livro de lado e pegar algum mais água com açúcar. acho que é disso que preciso.
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"foi o vinte de setembro o precursor da liberdade" - é, pois é...
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

.pegação

[mais uma crônica da martha... muito boa. um pouco velha já - 2004 - mas ainda atual.]
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"Eu vou pegar uma caneta e já anoto seu número.
Eu vou pegar o próximo ônibus.
Eu vou pegar um copo d´água pra você.
Eu, bro? Vou pegar uma mulher!!! Duas, se bobearem...
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Ah, língua portuguesa, que flexibilidade. O tempo passa e o nosso vocabulário muda, se expande, se transforma, ganha novos e riquíssimos significados, como este agora: pegar mulher. Aliás, pega-se homem, também.
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É natural que garotos e garotas saiam pra noite querendo se dar bem, conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... esquece, a partir daí já não acho natural coisa nenhuma. Acho um desperdício de energia. Pegar quatro caras. Pegar cinco minas. A gente está falando de quê, de catadores de lixo?
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Parece.
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Não se trata de caretice, mas de adequação. Pegar, pega-se coisas. Não gente. Coisas. Bonecos infláveis, que podemos segurar, tocar, lamber e descartar 10 minutos depois. Coisas. Produção industrial, sentimento nenhum, envolvimento zero. Coisas. Objetos inanimados. Sem voz, sem idéias, sem vida. Coisas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegue-e-use, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos-depois. Pegar, cá pra nós, é um verbo muito cafajeste.
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Tudo bem experimentar sensações diversas, conhecer de tudo, exercitar a sexualidade, mas em vez de "pegar", poderíamos empregar algum outro verbo menos frio e automático. Porque, quando duas bocas se tocam, nada é assim tão frio e automático, na maioria das vezes a naturalidade é forçada, é a turma que dita as regras e exige que todos se comportem igual, então vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.
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Mas o que uma tia como eu pode fazer contra o avanço (avanço??) dos costumes e a vulgarização do vocabulário? Sou do tempo em que pegava-se uma carona, um avião, uma gripe. Quando o assunto era relação, por mais frágil e rápida que fosse, ninguém estava pegando ninguém. Ao contrário, estava todo mundo se soltando."
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[pior que é por aí... às vezes também me sinto uma tia ¬¬']

sábado, 13 de setembro de 2008

.[...]


[também não há sentido em escrever quando não se tem absolutamente nada a dizer... falta de vontade/preguiça³ pra tudo hoje...]

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

.do universo feminino

recebi um e-mail da Ale hoje com desenhos da maitena... que eu adoro! ela consegue traduzir o universo feminino de forma muitíssimo bem-humorada.
os altos e baixos, as dúvidas, angústias, manias, medos...
[afinal.. quem disse que ser mulher é fácil??]
mas, discussões à parte, rir um pouco sempre faz bem...


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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

.sem tempo

na correria que ando, não sobra tempo para quase nada. mas a semana tem sido muito boa... Porto Alegre, amigas, passeios, cafés, aulas e as responsabilidades de sempre. muitos pensamentos se misturando, mudanças. quase esqueci do blog.
mas nessa brechinha de tempo que me surgiu, resolvi deixar [mais] uma poesia aqui... [de novo e sempre]. porque eu adoro. e ponto.


O Haver
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Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

[vinicius de moraes]

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sábado, 6 de setembro de 2008

.faz-se caminho ao andar

sábado [muito] frio e calmo...
relendo poesias e passagens soltas do neruda que tenho por aqui, achei uma pertinente para hoje...
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"Os meus pensamentos foram-se afastando de mim mas, chegado a um caminho acolhedor, repilo os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. Ele tem agora essa nudez à espera do que deseja, selo provisório que nos vai envelhecendo sem amor. Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando.
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De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a este caminho, com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atônitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar...
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Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias..."
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[pablo neruda]
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[aquilo que se começou está meio feito...]
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

.sensibilidade demais

[martha medeiros]

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"Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora, está lá a indefectível "sensibilidade". A gente quer que o patrão seja sensível e não um grosso. A gente quer que nossa amiga seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que nosso namorado seja sensível e não um machista brucutu.
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Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento. E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música, de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível. Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se tornam vítimas da própria emoção. Porque sensibilidade demais esgota a gente.
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Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega. Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos, sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa vida, mas como cansa.
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Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais, nunca se concretizarão plenamente. A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido, não nos retém.
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Como se mede, se pesa, se percebe a sensibilidade suficiente e a sensibilidade excessiva? No quanto ela joga a nosso favor ou contra. Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade excessiva faz de você protagonista de um dramalhão mexicano. Temos escolha? Não se escolhe, é o que se é. Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas, câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos. Os únicos que seguem não entendendo nada são os insensíveis. "
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

.três coisas importantes


primeira
um agradecimento:
Gui, amei o selo pro meu blog!! obrigada pelas visitas constantes, e pelas palavras amigas. tu és uma guria muito especial!

segunda
queria passar o selo pra mais alguém, e encontrei só uma pessoa pra fazer isso: a
Maíra. embora ela tenha deixado o blog um pouco de lado, talvez por falta de tempo, adoro as coisas que escreve. que fique como uma forma de estímulo, porque os textos dela sempre me caem como uma luva.

terceira
deixo aqui o link pra um dos meus blogs preferidos... essas meninas escrevem muitoooo bem! e andei relendo algumas coisas, adoro
esse post aqui.

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that's all folks!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

.uma frase e nada mais

"O destino conduz os que querem ser conduzidos e arrasta os que não querem.
Eu tenho andado mais ou menos de arrasto.
Nem sempre quero ir para onde o destino me leva."
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[erico verissimo - só porque hoje passei lá no centro cultural, que tem o nome dele, e amei o lugar! pena a biblioteca estar em reforma, mas quero voltar em breve...]
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

.um conto vazio

[anna carolina paegle]



"Pensava a mil por hora e por isso andava sempre cansada...
Achava ter a vida uma beleza exaustiva e alinhar os pensamentos dava-lhe muito trabalho.
Costumava costurá-los como uma colcha de retalhos, mas não suportava cobrir-se com ela.
Foi quando, em um dia estranhamente verde, um gato entrou por sua janela, e, ao puxar um fio, desfez toda a colcha que estava sobre a cômoda, emaranhou-se em linhas e desapareceu no horizonte.
E ela então, obtendo alguns instantes de pausa ao perder os pensamentos, encontrou-se em sua essência e sorriu sinceramente."

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[e me vou hoje... porto alegre sempre me faz bem... =]

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