.minhas andanças em livrarias nos últimos dias me deixaram cheia de vontades. ando com pouco tempo para leituras aleatórias, porque meus estudos e trabalho ocupam a maior parte do tempo [e não abro mão de dormir, nem pensar!]. mas já estão na lista alguns livros que vou ter que dar um jeito de comprar...
.semana passada encontrei na livraria cultura, do bourbon em porto alegre, quatro livros em espanhol que muito me interessaram: "los tres mosqueteros", "el mago de oz", "alicia en el país de las maravillas" [já li, mas quero ver esta versão!] e uma coletânea linda do neruda, que agora não recordo o nome ao certo... fora uma coleção maravilhosa de tirinhas do snoopy, divididas por ano... desde o início, em 1950 [mas quase saí depressiva depois de ver o preço dela...].
.e ontem vi na saraiva, aqui em caxias, outro livro, do eduardo galeano, que me deixou bem curiosa: "de pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso". tive uma impressão muito boa dele [e.g.] lendo "o livro dos abraços", do qual retirei vários trechos para postar aqui no blog, e esse também me pareceu bastante interessante [dei uma lida bem rápida]. seguem uns trechinhos que podem explicar o por quê...
“Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo ao avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm, outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm. O mundo ao avesso nos adestra para ver o próximo como uma ameaça e não como uma promessa, nos reduz à solidão e nos consola com drogas químicas e amigos cibernéticos. Estamos condenados a morrer de fome, morrer de medo ou a morrer de tédio, isso se uma bala perdida não vier abreviar nossa existência.”
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“Num mundo que prefere a segurança à justiça, há cada vez mais gente que aplaude o sacrifício da justiça no altar da segurança. Nas ruas das cidades são celebradas as cerimônias. Cada vez que um delinquente cai varado de balas, a sociedade sente um alívio na doença que a atormenta. A morte de cada malvivente surte efeitos farmacêuticos sobre os bem-viventes. A palavra farmácia vem de phármakos, o nome que os gregos davam às vítimas humanas nos sacrifícios oferecidos aos deuses nos tempos de crise.”
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ps: 2 centenas de seguidores hoje! e eu que sempre fiz isso aqui por diversão/distração mesmo... o.O
.semana passada encontrei na livraria cultura, do bourbon em porto alegre, quatro livros em espanhol que muito me interessaram: "los tres mosqueteros", "el mago de oz", "alicia en el país de las maravillas" [já li, mas quero ver esta versão!] e uma coletânea linda do neruda, que agora não recordo o nome ao certo... fora uma coleção maravilhosa de tirinhas do snoopy, divididas por ano... desde o início, em 1950 [mas quase saí depressiva depois de ver o preço dela...].
.e ontem vi na saraiva, aqui em caxias, outro livro, do eduardo galeano, que me deixou bem curiosa: "de pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso". tive uma impressão muito boa dele [e.g.] lendo "o livro dos abraços", do qual retirei vários trechos para postar aqui no blog, e esse também me pareceu bastante interessante [dei uma lida bem rápida]. seguem uns trechinhos que podem explicar o por quê...
“Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo ao avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm, outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm. O mundo ao avesso nos adestra para ver o próximo como uma ameaça e não como uma promessa, nos reduz à solidão e nos consola com drogas químicas e amigos cibernéticos. Estamos condenados a morrer de fome, morrer de medo ou a morrer de tédio, isso se uma bala perdida não vier abreviar nossa existência.”
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“Num mundo que prefere a segurança à justiça, há cada vez mais gente que aplaude o sacrifício da justiça no altar da segurança. Nas ruas das cidades são celebradas as cerimônias. Cada vez que um delinquente cai varado de balas, a sociedade sente um alívio na doença que a atormenta. A morte de cada malvivente surte efeitos farmacêuticos sobre os bem-viventes. A palavra farmácia vem de phármakos, o nome que os gregos davam às vítimas humanas nos sacrifícios oferecidos aos deuses nos tempos de crise.”
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ps: 2 centenas de seguidores hoje! e eu que sempre fiz isso aqui por diversão/distração mesmo... o.O
4 comentários:
Fiquei interessado em ler Eduardo Galeano. esses trechos postados por voce , muito me instigou...!
excelente postagem essa Sua !
um beijo, ana!
obrigada:)
ler galeano é viciante... super recomendo!
Fantástica sua postagem junto aos trechos que postou. Sou um devorador de livros e não posso entrar em Saraiva alguma ou em um bom sebo do centro da cidade de São Paulo, pois sempre gasto com alguma coisa.
Sou um grande consumidor de livros e música.
Beijos
Daniel
Perfeito Ana...
A poesia contorna os novos tempos e as novas formas de viver a solidão ..
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